AUTOMEDICAÇÃO

• O que é ?

É o uso do medicamento sem prescrição médica. É quando você decide administrar um medicamento até mesmo por sugestão de um amigo ou vizinho, para aliviar um ou mais sintomas, que aparentemente se manifesta de maneira simples e isolada.

• Quais os riscos que a automedicação pode trazer ?

Este hábito pode fazer com que doenças graves sejam diagnosticadas tardiamente, exposição a reações adversas e o que muitos ainda desconhecem, a interação medicamentosa.

• Por que a automedicação ocorre? 

Além de fatores culturais, há os fatores políticos e econômicos envolvidos neste processo. Em um país como o Brasil (país jovem, de grande extensão territorial, populoso, com enorme desigualdade social e alto índice de corrupção) que dispõe de uma saúde pública insuficiente à demanda, é comum pessoas se automedicarem devido às circunstâncias as quais estão expostas (além dos três fatores citados acima, há ainda propagandas apelativas: "tomou..., a dor sumiu!")

Quem não quer aliviar suas dores sem:

- ter que enfrentar uma enorme fila por um atendimento que raramente passa de 5 minutos ?

- desembolsar R$ 200,00 em uma consulta e por fim ter que comprar um medicamento ainda mais caro ?

- ter que marcar uma consulta com aquele seu médico de confiança para daqui a

1 mês ?

Podemos citar diversas situações as quais expõem as pessoas a automedicação mas, dentre os três fatores citados inicialmente, acredito que o fator cultural é aquele capaz de promover mudança imensurável neste âmbito. É necessário facilitar o acesso a saúde, mas deve-se buscar principalmente pela medicina preventiva, porém a população de modo geral, deve almejar isto. 

Um estudo publicado em 2011 pela Infarma, realizado por farmacêuticos da Universidade de Marília em São Paulo, mostrou que a automedicação se deve pela venda livre de medicamentos (quando não é necessário apresentação da receita médica) predominando o uso de analgésicos. Outro ponto muito importante detectado neste mesmo estudo foram as dúvidas em relação à forma correta de ingerir o medicamento (com água ou com leite, com estômago vazio ou cheio) ou interação entre medicamentos. Isso deixa claro a importância da assistência farmacêutica no ato da dispensação de medicamentos no balcão, que a princípio pensava-se poder ser realizada por qualquer pessoa, e hoje percebe-se a necessidade de um profissional qualificado para exercer esse trabalho.